sábado, 27 de novembro de 2010

SEMINÁRIO DE SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL

Nesta sexta-feira, 26 de novembro de 2010, a União da Juventude Comunista realizou em Belo Horizonte o Seminário de Solidariedade Internacional. A atividade aconteceu nos marcos dos eventos preparatórios para o XVIIº Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes que ocorrerá no mês de dezembro na África do Sul.
O Seminário de Solidariedade Internacional teve três atividades sendo duas mesas redondas e um painel temático. O objetivo principal do Seminário foi proporcionar ao público de estudantes, jovens trabalhadores, militantes sociais, pesquisadores e interessados em geral, um espaço de reflexão, informação e orientação prática para à participação em ações coordenadas no terreno da Solidariedade Internacional promovidas por entidades brasileiras.
Com o lema do XVIIº Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes – África do Sul: “Por um mundo de paz, solidariedade e transformações sociais. Derrotemos o imperialismo!” foi composta a mesa número um do Seminário de Solidariedade Internacional.
Na próxima semana uma série de atividades marcará o Dia Internacional de Solidariedade à Palestina no Brasil (29 de novembro). Em Belo Horizonte , Jadallah Safa membro do CAPAI (Comitê Árabe Palestino de Apoio à Intifada) e coordenador do Comitê Democrático Palestino – Brasil esteve presente na primeira mesa do seminário apresentando uma análise marxista da atualidade da questão palestina.
A professora Dirlene Marques, coordenadora do Comitê Mineiro do Fórum Social Mundial também apresentou suas reflexões sobre a construção da Frente Anticapitalista e Antiimperialista.O Comitê Mineiro do Fórum Social Mundial completou neste ano 10 anos de atividades e planeja organizar entre os dias 21 e 24 de abril de 2011 o V Fórum Social Mineiro com a temática da “Unidade dos Movimentos Sociais”.
A jornalista Mirian Gontijo - Presidente da Associação Cultural José Martí – Minas Gerais apresentou seu artigo sobre o papel do jornalismo na integração latino americana. A entidade é promotora das tradicionais Brigadas de Solidariedade e das Convenções Nacionais de Solidariedade a Cuba.
Na coordenação da mesa, Valmiria Guida – secretária geral da Casa da América Latina, entidade sediada no Rio de Janeiro, apresentou as atividades desenvolvidas pela CAL, com a parceria de entidades sindicais e associações, em solidariedade ativa aos povos latinos americanos e informações sobre como participar da referida entidade.
  “O papel da juventude na luta antiimperialista” foi o tema central discutido na segunda mesa do evento. Kélem Rosso da Juventude Comunista Avançando – JCA ligada a Corrente Comunista Luís Carlos Prestes apresentou a plataforma de luta de sua organização, Wellington representando a Juventude do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – Via Campesina – Brasil apontou as principais tarefas desenvolvidas pelo movimento em nível nacional e internacional, o núcleo de BH da Marcha Mundial das Mulheres foi representado pela estudante Zi Vieira. A coordenação ficou a cargo da camarada Suzana da União da Juventude Comunista ligada ao Partido Comunista Brasileiro. Estudantes angolanos ligados ao Movimento Popular de Libertação da Angola também prestigiaram o evento e teceram considerações acerca da atual situação Angolana.
O Painel sobre o “XVIIº Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes e os 65 anos da Federação Mundial das Juventudes Democráticas - FMJD” contou com a presença do professor José Angelo, ex-membro da União da Juventude Comunista, tendo o mesmo participado nos anos oitenta do Festival realizado na República Popular Democrática da Coréia. No painel o camarada Túlio Lopes repassou as informações sobre a mobilização e preparação para o XVIIº Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes – África do Sul – Dezembro de 2010. A atividade foi gravada e será editada em DVD para os militantes e interessados que não puderam comparecer ao local do evento.
 
“Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros.”
 
Ernesto Che Guevara

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Haiti: cólera, furacão e lucro



Thalles Gomes
"Precisamos absolutamente deste dinheiro o mais rápido possível para evitar que sejamos superados por esta epidemia. Todos os esforços de combate à doença podem se tornar inúteis a menos que a verba seja angariada”. Este apelo categórico foi pronunciado na última sexta-feira, 12 de novembro, por Elisabeth Byrs, porta-voz do Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários da Organização das Nações Unidas [ONU]. A quantia a que se refere Byrs é o montante de R$ 163,9 milhões de dólares que, segundo a ONU, seria necessária para controlar a epidemia de cólera que se propaga no Haiti desde meados de outubro e que matou até o momento mais de mil pessoas, além de infectar outras 14 mil.
As palavras de Byrs se somam à recente declaração do Departamento de Saúde da Flórida, estado estadunidense que possui mais de 240 mil migrantes de origem haitiana. A preocupação das autoridades sanitárias é com a possibilidade da epidemia se alastrar para outros países vizinhos, inclusive os EUA. Segundo a página oficial na internet do Departamento “a cólera não se espalha tão facilmente em países desenvolvidos como os EUA, mas queremos assegurar que não deixaremos situações de alto risco passarem despercebidas, como o cólera em alguém que manipule alimentos, ou focos isolados".
Controlar a epidemia e evitar a propagação da doença para fora das fronteiras haitianas é a preocupação atual da ONU e das ONGs estrangeiras presentes na ilha. De fato, essa parece ser a tônica da atuação da comunidade internacional no país: combater as conseqüências das tragédias e fechar os olhos para suas causas.
Cólera
Cólera é uma infecção intestinal aguda causada por uma bactéria chamada Vibrio Cholerae que se transmite pela ingestão de água ou alimentos contaminados principalmente por fezes de pessoas infectadas. Apesar de alcançar proporções epidêmicas em regiões empobrecidas da África e Ásia, até o início de outubro passado nenhum caso de cólera havia sido registrado em território haitiano, segundo informações de Claire-Lise Chaignat, chefe do grupo de controle global da cólera da Organização Mundial de Saúde.
Não há ainda um consenso a respeito da origem da epidemia, que se tornou evidente a partir do dia 20 de outubro quando dezenas de pacientes começaram a morrer com febre alta e diarréia num hospital da cidade de Saint Marc, departamento de Lartibonite. A principal suspeita dos especialistas é de que a enfermidade tenha vindo do estrangeiro e se difundido pelo país através da contaminação do Rio Lartibonite.
A MINUSTAH [Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti] destacou em comunicado oficial “a dificuldade, inclusive a impossibilidade” de saber como a cólera chegou ao país, visto que foi comprovado que o microorganismo que causou a epidemia é igual ao encontrado na Ásia meridional. No entanto, entre a população haitiana as suspeitas recaem justamente sobre os soldados da própria MINUSTAH, especificamente um batalhão oriundo do Nepal, país asiático onde a cólera é endêmica. Localizado no município de Mirebalais, a poucos quilômetros de Saint Marc e às margens do Rio Lartibonite, o atual contingente de soldados nepaleses chegou ao Haiti nos primeiros dias de outubro, depois de um novo surto de cólera ter atingido seu país de origem.
Edmonde Suplice Beauzile, senadora do departamento haitiano de Plateau Central, solicitou uma investigação sobre a responsabilidade da MINUSTAH na propagação da epidemia. Para Beauzile, os soldados nepaleses “contaminaram o rio, causando a morte de muitas pessoas. Pedimos à MINUSTAH que solicite a um organismo independente a abertura de uma investigação".
Confirmada essa hipótese, a MINUSTAH verá sua função de estabilização do Haiti novamente comprometida, justamente quando seu mandato foi renovado por mais um ano durante a última reunião do Conselho de Segurança da ONU ocorrida em 15 de outubro. Ocupando o território haitiano desde 2004, quando foi criada sob o pretexto de que o Haiti representava “uma ameaça à paz e segurança da região”, sendo necessário portanto o envio de uma força militar de ocupação para conter as mobilizações populares depois da derrubada violenta do então presidente Jean Bertrand Aristide, a MINUSTAH passa hoje por uma de suas maiores crises de legitimidade. Durante os últimos seis anos, foram recorrentes as denúncias de tortura, estupro e assassinato. Além disso, passados dez meses desde o terremoto que abalou o país em 12 de Janeiro de 2010, as tropas da ONU ainda não foram capazes de dar uma resposta eficaz às vitimas do terremoto. Ruínas e acampamentos improvisados tomam as ruas da capital Porto Príncipe, mas não se vê nenhuma movimentação por parte das tropas militares para a retirada dos escombros e início da reconstrução de prédios e edifícios. E por fim, a cólera.
Furacão
Com a aceleração da epidemia nos últimos dias, a previsão é de que “um total de até 200 mil pessoas deverão ter os sintomas da cólera, indo dos casos de leve diarréia até a desidratação mais grave", informou a porta-voz da ONU, Elizabeth Byrs, que completa: “Espera-se que os casos surjam numa explosão de epidemias que ocorrerão subitamente em diferentes partes do país”.
Na cidade de Gonaives foram registradas ao menos 60 mortes por cólera e na capital Porto Príncipe, onde mais de um milhão de desabrigados do terremoto vive em acampamentos sem as condições mínimas de saneamento, 27 óbitos foram causados pela epidemia. "Porto Príncipe é uma imensa favela onde as condições são muito ruins em relação às instalações sanitárias e de água. São as condições perfeitas para uma propagação rápida da cólera", afirmou Jon K. Andrus, subdiretor da Organização Pan-Americana de Saúde (OPS).
Para agravar ainda mais a situação, no dia 05 de novembro o Furacão Tomas alcançou o território haitiano, afetando principalmente as regiões noroeste e sul do país, deixando ao menos 21 mortos e cerca de 6.000 famílias desabrigadas.
As chuvas e inundações causaram deslizamento de terra, bloqueando diversas estradas e inundando o rio Lartibonite, suspeito de ser o principal foco da epidemia de cólera. Os relatos são de que os estragos nas áreas agrícolas foram enormes gerando perdas que podem chegar a 70% dos cultivos como banana, milho e feijão que formam a base da alimentação local. De acordo com o historiador José Luis Patrola, que coordena a Brigada Dessalines de cooperação entre a Via Campesina Brasil e as organizações camponesas do Haiti, “os problemas causados pelo furacão terão maior efeito nos próximos dois meses onde a falta de comida atingirá outra vez os camponeses pobres dessas duas regiões consideradas as mais isoladas e abandonadas do país”.
Este não é o primeiro furacão a assolar o território haitiano. Entre os meses de setembro e outubro de 2008, a passagem do furacão Gustav e da tempestade tropical Hanna deixou mais de 500 mortos e milhares de desabrigados. Patrola ressalta que “cada ciclone ou furacão que costuma atingir a região do Caribe nessa temporada tem maior impacto sobre o Haiti que vive um grave problema de desmatamento acompanhado de técnicas agrícolas predatórias ao meio ambiente que levarão a um caos generalizado caso o problema não se resolva de maneira sólida e estrutural”. O desmatamento no Haiti já destruiu mais de 95% das matas originais e a principal fonte de energia do país – utilizada por mais de dois terços da população – ainda é o carvão vegetal.
Lucro
“Foi preciso mais uma catástrofe para evidenciar o problema e fazer com que o Estado e a ‘comunidade internacional’ abrissem os olhos para tamanha vulnerabilidade da população pobre. Esta epidemia deveria envergonhar aqueles que ‘ajudam’ o Haiti há muitos anos e mesmo assim mais de 90% dos camponeses consomem água suja”, denuncia José Luis Patrola.
De fato, a atual epidemia de cólera, os estragos do furacão Tomas e as milhares de mortes causadas pelo terremoto de 12 de Janeiro são conseqüências dos graves problemas estruturais que levam a maioria da população haitiana a uma vulnerabilidade permanente. O Haiti é hoje a nação mais pobre do continente americano, com 56% da população abaixo da linha da pobreza e com uma expectativa de vida de 58,1 anos. No Haiti, a miséria já existia antes de qualquer terremoto, furacão ou cólera.
Ao não lidar com os problemas estruturais, atuando para amenizar as conseqüências das tragédias ao invés de buscar combater suas causas, o Estado haitiano e a comunidade internacional transformam as catástrofes naturais e a miséria no Haiti numa fonte inesgotável de lucros. Aos 163,9 milhões de dólares demandados pela ONU para combater a atual epidemia de cólera, podemos somar os 126 milhões que a ONG estadunidense USAID está investindo no campo haitiano, os 9,9 bilhões de dólares para a reconstrução do país pós-terremoto prometidos por Bill Clinton e seus doadores, os 3,6 bilhões consumidos para manter as tropas da MINUSTAH no país e os 7,5 milhões de dólares gastos mensalmente somente com o aluguel dos banheiros químicos para os desabrigados em Porto Príncipe.
É essa atitude que explica a situação paradoxal de ser o Haiti o país mais pobre das Américas mesmo sendo o maior destinatário da ajuda internacional no mundo. 60% do PIB haitiano é oriundo de verbas estrangeiras que, assim como os furacões e ciclones, apenas passam pelo território haitiano, mantendo a infra-estrutura e os altos salários dos funcionários da ONU e das milhares de ONGs, sem chegar às mãos da população e sem alterar as condições sócio-econômicas do país.
“O Estado haitiano e a comunidade internacional deverão pensar o Haiti sob outra ótica que não a das permanentes tragédias que aqui ocorrem”, aponta José Luis Patrola, para concluir que: “Ou pensamos a ajuda ao Haiti desde um ponto de vista de resolver problemas estruturais ou viveremos grandes espetáculos midiáticos acompanhados de grande propaganda sobre doações para ajudas emergenciais. Dois ou três anos em seguida as catástrofes retornarão e veremos o mesmo espetáculo da tragédia se repetindo”.
Talles Gomes, jornalista, membro da brigada da via campesina Brasil, que está no Haiti.
[publicado no jornal Brasil de Fato, edição 403, de 18 a 24 de Novembro de 2010]

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Programação do Seminário


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SEMINÁRIO DE SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL

SEXTA–FEIRA - 26 DE NOVEMBRO DE 2010

LOCAL:

Instituto de Ciências Exatas (perto da Praça dos Serviços) – UFMG – Campus Pampulha.

INSCRIÇÕES:

As inscrições podem ser feitas por e-mail: semsolidariedadeinternacional@gmail.com ou no dia e local do Seminário de Solidariedade Internacional.

PROGRAMAÇÃO:

09 horas – APRESENTAÇÃO.

09 horas e 30 minutos –
MESA 1 – Por um Mundo de Paz, Solidariedade e Transformações Sociais, derrotemos o imperialismo!

Professora Dr. Dirlene Marques - Comitê Mineiro do Fórum Social Mundial.

Jornalista Mirian Gontijo - Associação Cultural José Martí de Minas Gerais.

Jadallah Safa - Comitê Democrático Palestino - Brasil.

Coordenação - Valmiria Guida - Casa da América Latina.

13 horas e 30 minutos –
MESA 2 – O papel da juventude na luta antiimperialista

Neto - MST - Juventude da Via Campesina - Brasil

Kelen Rosso - Juventude Comunista Avançando

Zi Reis - Marcha Mundial das Mulheres

Coordenação – Luis Fernando - União da Juventude Comunista

16 horas e 30 minutos  
PAINEL: XVIIº Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes - África do Sul e 65 anos da Federação Mundial das Juventudes Democráticas.

Expositores:
Hugo e José Ângelo.

Coordenação - Túlio Lopes

REALIZAÇÃO:

União da Juventude Comunista – Brasil.

APOIO:

Associação Cultural José Martí - MG
Comitê Mineiro do Fórum Social Mundial
Casa da América Latina
Diretório Acadêmico do ICEX - UFMG
Diretório Acadêmico da FAE - UEMG
Fundação Dinarco Reis
Instituto Caio Prado Junior

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino

Resolução nº 32/40 da ONU "Em 1977, a Assembléia Geral do ONU determinou que fosse celebrado, todos os anos, a 29 de novembro, o Dia Internacional de Solidariedade para com o Povo Palestino Resolução nº 32/40 da ONU Com efeito, foi nesse dia que, no ano de 1947, que a Assembléia Geral aprovou a resolução sobre a divisão da Palestina [resolução 181 (II)].
Queremos convidar a todos os partidos, sindicatos, movimentos sociais e populares, além dos companheiros e companheiras para prestar um dia de solidariedade ao perseguido povo palestino que há 63 anos resiste heroicamente ante todas as arbitrariedades (bombas, humilhações, perseguições políticas, torturas legalizadas...) cometidas pelo Estado terrorista de Israel.
29 de novembro é dia de Manifestação de Solidariedade Internacional com o Povo Palestino, realizadas simultaneamente em várias capitais do mundo. Nesta data o território histórico da Palestina foi arbitrariamente dividido, favorecendo a criação do Estado de Israel.
Território onde havia uma sociedade construída por árabes, e que a partir daí passaram a ser vítimas da limpeza étnica promovida pelas milícias sionistas. No ano de 1948, quase a totalidade das terras palestinas (cerca de 94%) foram tomadas militarmente pelo Estado de Israel. Hoje mais de seis milhões de palestinos vivem em campos de refugiados espalhadas pelos países árabe e no mundo. Ainda hoje, Israel controla 65% da Cisjordânia e 40% da Faixa de Gaza, com seu exército e sua força paramilitar (os colonos) implementando um regime de terror cujos métodos de crueldade se assemelham aos dos nazistas alemães.
Até quando ficaremos indiferentes aos veículos militares e tratores invadindo bairros e destruindo casas onde moram os palestinos? Até quando vamos permitir a construção de outros “muros da vergonha” como o que Israel está construindo dentro do território da palestina ocupada, transformando-a num verdadeiro campo de concentração, vigiado sistematicamente, usurpando terras e destruindo a teia social palestina?
É preciso somar forças e nos solidarizarmos com a heróica luta do povo palestino que teimosamente insiste em dizer não a essas arbitrariedades. É necessário e urgente dizer que “terrorismo” não é resistir (usando quaisquer formas de luta) ao Estado terrorista de Israel. Terrorismo é impedir um povo de desfrutar de sua própria terra, é impedir a existência de uma pátria livre do colonialismo e do imperialismo. Terrorismo é matar crianças com bombas e mísseis disparados de helicópteros e aviões nos bairros onde vive a população civil palestina. Terrorismo é barrar uma mãe grávida num posto policial ou do exército, impedindo que a mesma tenha a atenção necessária na hora do nascimento de seu filho.
Por tudo isso o COMITÊ DE SOLIDARIEDADE AO POVO PALESTINO convida todos aqueles que estão ao lado da heróica resistência palestina para a realização de um ato político no dia 29 de novembro de 2010, a partir das 17:30h, no Instituto de Filosofia e Ciências Humana (IFCS) – Largo de São Francisco.
Neste ato, o lançamento e a exposição do livro “Impressões de uma brasileira na Palestina”, de Maristela R Santos, produzido pela Editora Achmé,: Depoimentos emocionantes do cotidiano do povo palestino, suas relações com as organizações políticas, como se organizam para autodefesa, a vida dos prisioneiros, das crianças, dos beduínos e a vida nas aldeias, relacionado com a ocupação permanente de suas terras e a expulsão de suas casas, bairros e vilas. Além de fazer um breve relato e análise do caráter e da natureza do estado de Israel e a relação dos estrangeiros judeus, os colonos, com o Estado Judeu e o povo palestino.
Por fim, o Comitê de Solidariedade fará um panorâmico histórico e uma introdução da Campanha Mundial de BDS – Boicote, Desinvestimento e Sanções contra Israel, em particular, o Boicote Acadêmico e Cultural que esta ganhando corações e mentes nas universidades da Europa e EUA.
VENHA CONHECER MELHOR A HISTÓRIA DESSA LUTA!

São signatários desse Ato, presentes na sua construção, as seguintes entidades: PCB e PSTU; CSP-Conlutas RJ; Quilombo Raça e Classe; Movimento Mulheres e Luta; ANEL e UJC/RJ; Grêmio Colégio Cambaúba-Ilha do Governador ,Grêmio Colégio Estadual Gomes Freire-Penha ,Grêmio Colégio Estadual Ernesto Faria-São Cristóvão , Movimento Nacional de Luta pela Moradia-MNLM-RJ, DA-Engenharia-UNIG

terça-feira, 16 de novembro de 2010

domingo, 14 de novembro de 2010

SEMINÁRIO DE SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL

BELO HORIZONTE – SEXTA-FEIRA – 26 DE NOVEMBRO DE 2010

PROGRAMAÇÃO:

09 HORAS – APRESENTAÇÃO:

09 HORAS E 30 MINUTOS - MESA 1 – Por um Mundo de Paz, Solidariedade e Transformações Sociais, derrotemos o imperialismo!

Jadallah Safa - Comitê Democrático Palestino - Brasil.

Professora Dr. Dirlene Marques - Comitê Mineiro do Fórum Social Mundial.

Jornalista Mirian Gontijo - Associação Cultural José Marti de Minas Gerais.

Coordenação: Representante da Casa da América Latina.


13 HORAS E 30 MINUTOS – MESA 2 – O papel da juventude na luta antiimperialista.

Organizações convidadas:

Juventude da Via Campesina – Brasil.

Juventude Comunista Avançando – Brasil.

Marcha Mundial das Mulheres.

Coordenação: Representante da União da Juventude Comunista.


16 HORAS E TRINTA MINUTOS – PAINEL sobre o XVII Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes – África do Sul.

REALIZAÇÃO:
União da Juventude Comunista – Brasil.

APOIO:
Diretório Acadêmico do ICEX – UFMG.
Diretório Acadêmico da FAE – UEMG.
Associação Cultural José Marti – MG.
Comitê Mineiro do Fórum Social Mundial.
Casa da América Latina.
Instituto Caio Prado Junior.
Fundação Dinarco Reis.

INSCRIÇÕES:
E-mail: semsolidariedadeinternacional@gmail.com. Envie somente o nome completo, instituição onde trabalha/estuda, organização política em que milita, se por o caso, e o número do telefone.

Maiores Informações: 31-32016478 / 31-84157977

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

CAMARADA EDWIN PÉREZ: PRESENTE!

A tentativa frustrada de golpe perpetrada no Equador contra o Governo Popular do Presidente Rafael Correa ao final do mês de setembro deste ano, tendo sido patrocinada pelos setores mais conservadores do país sustentados nas oligarquias e no imperialismo, segue produzindo suas conseqüências.
No dia 25 de outubro, os golpistas fizeram mais um ataque à democracia popular, a juventude rebelde, aos comunistas e as lutas do povo equatoriano e latino-americano. Neste dia tentaram matar o camarada Edwin Pérez, secretário-geral da Juventude Comunista Equatoriana (JCE). O atentado foi realizado por um mercenário, estudante de direito, chamado Neptalí Ramirez Loor, vinculado a movimentos da extrema-direita equatoriana.
O camarada Edwin, após ficar internado, em estado de coma, por cerca de duas semanas não resistiu aos ferimentos e veio a falecer. A União da Juventude Comunista expressa o seu mais profundo pesar e presta total solidariedade aos parentes, amigos e camaradas de Edwin neste momento de luto.
Denunciamos que o assassinato do camarada Edwin não é um fato isolado, mas sim um ataque contra o movimento de resistência aos golpistas e de defesa da democracia e do processo revolucionário em curso no Equador. A Juventude Comunista Equatoriana é uma das principais organizações juvenis do país, tem um papel fundamental nas lutas que se travam neste momento, não só no Equador, como na América Latina. Foi as ruas defender o Presidente Correa e lutar contra o golpe de estado, além de jogar um papel fundamental na articulação de solidariedade internacional, ao propor no inicio deste ano no Equador como país sede do XVII FMJE, que se realizará na África do Sul , no mês de dezembro.
A morte do camarada Edwin representa um ataque direto à luta revolucionária do povo equatoriano, assim como as lutas de todos os jovens por um mundo mais justo e de paz, um mundo socialista.
Exigimos punição e prisão imediata do assassino do camarada Edwin Pérez! Toda solidariedade a

Juventude Comunista Equatoriana!
Camarada Edwin Pérez: Presente!
Coordenação Nacional União da Juventude Comunista 11 de novembro de 2010.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

PALESTINA

Uma história na Palestina 2


 
por Rafiqa Salam
Palestina, novembro 2010
comitepalestinasc@yahoo.vom.br

Depois de uma estada sob o sol escaldante em Ramallah, decidi ir para Saffa. Fugi do calor, mas não do inferno da ocupação.
Pior que os buracos das estradas em que podemos trafegar com a nossa placa verde, é ver de longe as autopistas israelenses, feito tapetes serpenteando as terras palestinas.
Cheguei em Saffa e o calor que me cercou foram os abraços fraternais dos palestinos que já tinham morado no Brasil! Isso mesmo, em Saffa, metade dos palestinos de lá já viveu no Brasil!
Muitas conversas e saudade de outros ares mais tranquilos, pois não deu para deixar de ver dois carros do exército israelense passarem nas ruas da tranquila Saffa só para marcar presença...
Como pode alguém que já morou no Brasil, que não enfrentou problemas com documentação e permanência, que pode escolher ter brasileiros como vizinhos, que conheceu e conviveu com o jeito alegre dos brasileiros, resolver voltar para a Palestina? Entre um café e outro chá, perguntei.
Eles olharam para mim e responderam: “Você quer respostas em palavras? Você com suas perguntas para entender o que o coração decide e não as palavras...”
Mas como aprendi com eles a ser persistente, repeti e emergiram doces palavras: “Meu pai fez tudo pela Palestina, fora daqui e aqui dentro. Nós trabalhamos juntos, lembra? Com todas aquelas dificuldades, defendíamos a Palestina livre e contávamos com a maravilhosa solidariedade do povo brasileiro. Mas sabíamos que um dia retornaríamos para cá, era o que meu pai queria. Ele chegou primeiro, em 1999, e eu vim logo depois, minha mãe ainda ficou no Brasil e estava fazendo a documentação para vir. Tanta vida, tanta luta, voltamos para cá, mas quando minha mãe conseguiu vir, meu pai já havia morrido... Então fiquei, casei, tenho três filhos, e essa é a minha casa, essa é a minha terra, esse é o meu país, daqui eu não saio e daqui ninguém me tira.” Fiquei emocionada, todo grande pai tem um grande filho. Tive o prazer de conhecer o pai dele no Brasil, sua família e seu filho, que hoje, um pouco antes da nossa conversa, recebeu, depois de nove anos, meus sentimentos pela morte de seu pai. Trabalhamos juntos na defesa da causa palestina em Porto Alegre, no final da década de 80, e depois em Santa Catarina, nos anos 90, até que em 1999, sempre firme, como tudo o que fez na vida, retornou para sua terra. Seu filho, logo depois, chegou e juntos conheceram o que sobrou da Palestina, como se fosse uma despedida, sem saber que logo a morte seria o que o afastaria de ver sua Palestina livre. E eu sentada ali, na frente daquele homem, hoje com 38 anos, com os filhos pulando em seu colo, sua esposa servindo chá, sua mãe lembrando de sua filha que ainda está no Brasil... Parecia, por um segundo, uma vida tranquila... até ele trazer uma foto... A casa do pai, a casa que foi de toda a família, hoje não existe mais... Só a foto. Mas antes que eu falasse qualquer coisa, ele, com orgulho, disse que aquela nova casa em que estávamos havia sido construída por ele! Falou-me de seu trabalho também, como pedreiro em Mevo Horon, em Israel, nem me arrisquei a perguntar o salário!
Mas uma questão me incomodava, então questionei por que ele quis voltar, se no Brasil eles tinham uma boa vida? A resposta não foi em palavras, pois vi em seus olhos o que o coração havia decidido: “Meu pai foi um grande militante, como um comandante na América Latina, e nos criou amando a nossa bandeira. Sempre quis voltar, para morar e morrer no país dele. Ele queria sua família reunida na Palestina. Nasci no Brasil, amo os brasileiros, mas eu sigo o desejo de meu pai. Hoje, eu continuo a fazer o trabalho que realizávamos, vou sempre continuar a lutar pela Palestina livre, mas escolhi o mais difícil: morar aqui e constituir uma família. Para mim, o cotidiano é revolucionário, educar meus filhos transmitindo o amor à terra que recebi é revolucionário e é muito difícil frente às privações que passamos... mas é lindo, fixar raízes, não tem nada no mundo que me faça sair daqui. Se eu sair daqui, minha casa vira um assentamento judaico. Posso retornar ao Brasil, para visitar, mas minha casa é aqui. Em respeito ao meu pai e a todos que permaneceram aqui, fico, para preparar a Palestina para os que virão!”
Depois de escutar esse canto que veio de dentro do coração, enxuguei minhas lágrimas e percebi que o calor de Ramallah não era nada, então voltei e vi que era suportável. Agora sei o que significa ficar na Palestina!

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http://somostodospalestinos.blogspot.com/

Palestina livre!
Viva a Intifada! Resitência até a vitória!
Comitê Catarinense de Solidariedade ao Povo Palestino
"Um beduíno sozinho não vence a imensidão do deserto, é preciso ir em caravana"
 
 

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Declaração pelos 65 anos da Federação Mundial de Juventudes Democrátias

 
"Há 65 anos, em 10 de novembro de 1945, os jovens progresistas e antifascistas do mundo se reuniam em Londres na Conferência Mundial Juvenil, convocada por iniciativa do Conselho Mundial de Juventude, criado durante a guerra contra o fascismo pelas juventudes dos países aliados. Foi a primeira vez na história do movimento juvenil internacional em que se reuniram mais de 30 milhões de jovens de diferentes tendencias políticas e religiosas, procedentes de 63 nações, sendo assim fundada a Federação Mundial de Juventudes Democráticas (FMJD).

Hoje, a Federação Mundial continua, mais do que nunca, sendo a organização da juventude unida em sua determinação de trabalhar pela paz, pela liberdade, pela democracia, pela independencia e pela igualdade em qualquer lugar do mundo, considerando essa tarefa como uma contribuição ao trabalho das Nações Unidas como a via mais correta para facilitar a felicidade, o bem-estar das futuras gerações e a proteção dos direitos e intereses da juventude.

65 anos depois, o mundo continua com muitas desigualdades, marcado por uma ampla crise estrutural do sistema capitalista, pela distribuição desigual dos recursos, pelas constantes guerras de rapinagem pelo controle dos recursos naturais, pelo incremento da pobreza, pela incitação ao consumismo desenfreado, pela destruição de nosso habitat e pela satisfação das vontades dos ricos, o que continua afetando especialmente os jovens, as mulheres e as crianças. Isso chega a colocar em perigo a sobrevivência de nossa própria espécie, que corre risco de desaparecer.

A juventude progresista mundial se prepara para celebrar no próximo mês de dezembro o XVII Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes, na África do Sul, dedicado a Nelson Mandela e Fidel Castro, exemplos de luta para os jovens. Está claro que a orden económica imperialista predominante tem que ser mudada, que a luta para derrotar o imperialismo é a única alternativa para nossa sobrevivencia, que queremos viver em um mundo de paz, fraternidade, solidariedade e com grandes transformações sociais. Queremos o bem da nossa espécie humana, sem fome, pobreza e guerras, com pleno acesso à educação e à saúde, um meio-ambiente saudável e um mundo onde coexista a amizade e o entendimento mútuo.

A FMJD deseja reiterar sua total solidariedade a todas as causas de lutas, a todas as revoluções e a seus líderes históricos, que inspiram e nos mantêm combativos ao imperialismo. Durante todo esse tempo, sem essa contribuição, não teria sido possível ter chegado até aquí. Reafirmamos que, nos novos cenários de luta, estaremos alinhados com os exemplos dados a cada dia e trabalharemos para que as novas gerações aprendam a partir da experiencia de luta acumulada durante todo esse período.

A FMJD reitera seu compromisso de seguir trabalhando para fortalecer a cooperação entre todas as organizações juvenis internacionais, regionais e nacionais como uma tarefa fundamental pela unidade de ação e solidariedade internacional da juventude e das forças antimperialistas, progresistas e democráticas, defendendo a necessidade de ir além das diferenças e enfrentar os problemas comuns de forma conjunta.

A Federação Mundial da Juventude Democrática, envia sua mais sincera felicitação a todos que contribuíram pela manutenção das lutas históricas do movimento juvenil progresista internacional, ratificando que o futuro pertence inteiramente aos jovens que carregam o legado histórico que foi deixado pelas gerações que nos precederam, e convoca todas seus membros, amigos e toda a juventude progresista do mundo a celebrar, no dia 10 de novembro, os 65 anos da organização com uma grande jornada de luta para derrotar o imperialismo, por um mundo em paz, solidariedade e de transformações sociais."

Convite


O Grupo de Estudantes Angolanos em comemoração ao 35º Aniversário da Independência da República de Angola vem pelo presente convidá-los para o Workshop com o tema: Angola, passado, presente e desafios futuros rumo ao desenvolvimento.

- Abertura com apresentação cultural: Grupo Dikanza
- A mesa será composta pelos seguintes oradores: António Chimuco e Alberto Macaia (médicos angolanos) e como moderador Nuno Barroso (estudante angolano).
- Encerramento com dança típica angolana por estudantes angolanas.


Local do Evento:  FAE  , sala : 4102
Data : 09/11/10
Horário: 16h ás 19h
Realização: Grupo de Estudantes Angolanos
Apóio: Universidade Federal de Minas Gerais

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Comunicado do Movimento Continental Bolivariano

Com surpresa recebemos a notícia da detenção no Chile do desenhista gráfico Manuel Olate Céspedes, militante do Partidão Comunista do Chile, membro do Movimento Continental Bolivariano e representante do Movimento de solidariedade pela paz na Colômbia, o qual foi detido no seu domicílio em Santiago pela sua suposta vinculação com a guerrilha colombiana FARC-EP, depois da ordem da Ministra da Corte Suprema Margarita Herreros, que acolheu uma solicitação de detenção enviada pela justiça Colombiana.
Conforme a notícia se espalha nossa perplexidade aumenta, já que desde as declarações dos diferentes atores, são ventiladas cada vez com mais vivacidade as notáveis contradições no processo de detenção e inculpação de Manuel. Por um lado, nas primeiras horas, foi dito que Olate foi detido em função de uma solicitação de extradição do governo colombiano. Mais adiante, o presidente da Colômbia enquanto manifestava seu júbilo pela detenção do chileno, declarou que nos próximos dois meses se formalizará o pedido de extradição.
Depois das declarações de Santos as informações mudaram, em função de assinalar que Olate foi detido após uma ordem de detenção emitida pelo Ministério Público Colombiano. É necessário esclarecer que Manuel Olate se encontrava fora do Chile até o dia 13 de Outubro e que até esse momento não pesava nenhuma ordem contra o mesmo, de maneira que não foi detido ao retornar ao país. Deduz-se assim que, apesar de não ser acusado de delito algum, o Governo Chileno informou de sua entrada no Chile, e em seguida a Colômbia solicitou sua detenção.
Por outro lado, as notícias no Chile não são menos confusas; de um lado, informam que um funcionário judicial foi notificar Olate de sua detenção e pedido de extradição por parte da justiça colombiana, apesar de a Colômbia ainda não ter solicitado tal extradição, isto segundo o que foi dito pelo próprio Juan Manuel Santos. Destacamos que, ainda assim, na terça-feira a juíza analisará a situação judicial de Manuel e que ainda hoje pedirá provas à justiça colombiana que assegurem sua detenção e possível extradição.
Diante disto, cabe perguntar: Com base em que Manuel Olate foi privado de sua liberdade? Diante de tal confusão não é difícil inferir que depois da detenção do chileno, percebe-se uma atitude colaboracionista do governo chileno, o qual se presta à internacionalização do conflito colombiano para o resto da América, organizando assim a perseguição de todos aqueles que se levantam contra a posição guerrista do governo, e a ferrenha determinação de extermínio físico e político de todos aqueles que defendem a idéia de uma saída política ao conflito, como fica demonstrado no assassinato de mais de 20 ativistas de direitos humanos na Colômbia nos poucos 75 primeiros dias do governo de Santos, nas arbitrárias acusações feitas contra a Senadora Piedad Córdoba, uma das principais impulsionadoras dos acordos para a Paz e que hoje se encontra inabilitada e judicialmente perseguida, e na saída do país do cabo Mocayo, ex- prisioneiro de guerra das FARC, libertado unilateralmente durante este ano, que teve de abandonar a Colômbia depois das constantes ameaças de morte e amedrontamentos pelo seu compromisso com a causa da Paz e contra a política de enfrentamento armado como saída à guerra que castigou por mais de 50 anos a Colômbia.
No Chile, é de conhecimento público o compromisso do Partido Comunista com uma saída política e pacífica ao conflito colombiano, e assim se tem manifestado em numerosas ocasiões apoiando as iniciativas que aprofundem esta busca de Paz , entendendo que esta passa pela manifestação de vontades políticas reais, tendentes a restituir as garantias políticas e sociais de todos os colombianos, assegurando a inviolabilidade de seus direitos fundamentais, o respeito às posições divergentes e o retrocesso das políticas de criminalização do movimento popular e de direitos humanos, as quais sob o pretexto da luta contra o terrorismo, se transformaram em uma política de estado, que tem sua forma mais perversa nos chamados “Falsos positivos”.
O compromisso político de Manuel Olate se encaixa na prática solidária, prática que o levou a visitar em 2008 o acampamento do extinto comandante das FARC-EP Raúl Reyes, por conta da realização de uma entrevista, a qual foi publicada posteriormente no Semanário “El Siglo”. Essa entrevista foi realizada apenas alguns dias antes do bombardeio em território equatoriano do acampamento de Reyes, onde o exército colombiano teria encontrado provas fotográficas que dariam conta da presença recente de Olate no lugar; presença que de fato seria posteriormente divulgada, dada a iminente publicação da entrevista ao comandante das FARC, em um meio de comunicação chileno de cobertura nacional.
É necessário assinalar que dias antes de sua detenção, Manuel, juntamente com seu advogado se encontrava pronto para apresentar ações judiciais para esclarecer sua situação legal no Chile, já que, desde os acontecimentos de Sucumbios foi, de forma sistemática e reiteradamente, condenado pela imprensa, sem que existisse até esse momento nada contra ele, confiando na solidez de sua inocência, já que não é responsável por nenhuma das acusações que arbitrariamente e sem sustento legal lhe são atribuídas. Quanto às acusações feitas pela justiça colombiana, estas se baseiam na suposta aparição de um pseudônimo, atribuído a Olate, nos e-mails do computador de
Raúl Reyes (está comprovado e reconhecido que são documentos no formato Word, portanto não se trata de provas jurídicas) e que isto, segundo eles, teria um caráter incriminátorio. O fato de não se tratar de e-mails não é um detalhe, já que isto desabilita estes arquivos como documentos probatórios. É preciso destacar que a isto se soma o fato de que o oficial colombiano a cargo dos supostos computadores de Reyes, declarou sob juramento que não existiam tais correios propriamente ditos, além de que não tinha sido cumprida a corrente de custódia dos computadores e que, portanto, não havia forma de provar que estes não tinham sido manipulados.
Diante da detenção de Manuel Olate, o Movimento Continental Bolivariano expressa sua solidariedade e preocupação pela detenção arbitrária de um de nossos responsáveis no Chile, que é a nova vítima da perseguição e criminalização da solidariedade internacionalista.
Solicitamos às autoridades no Chile que deixem Manuel em liberdade e que não o extraditem, já que não existem garantias jurídicas que possam dar lugar a um julgamento justo e conforme o devido processo na Colômbia, tendo em vista tratar-se de uma acusação sem sustento jurídico que não justifica sua detenção e sua possível extradição.
Fazemos um chamado às organizações e dirigentes políticos e sociais nacionais e internacionais para que se mobilizem pela libertação de Manuel Olate, rejeitando desde já a idéia de sua possível extradição, já que, como se assinalou em reiteradas ocasiões na Colômbia, não existem as condições mínimas para um processo justo que garanta o respeito a seus direitos fundamentais como dão conta os mais de 7.500 presos políticos desse país.
Declaramo-nos em estado de alerta e mobilização permanente.

LIBERDADE A TODOS OS PRESOS POLITICOS DO CONTINENTE!
LIBERDADE PARA MANUEL OLATE!
Caracas, 30 de Outubro de 2010
Direção Executiva
Movimento Continental Bolivariano
Tradução: Valeria Lima

sábado, 6 de novembro de 2010

MINUSTAH reprime manifestantes anti-ocupação no Haiti


As tropas de ocupação da ONU no Haiti continuam reprimindo o povo e qualquer pessoa que lute pela liberdade daquele país.

Resumen Latinoamericano/Rebelion

Houve muita tensão em Porto Príncipe em 15 de outubro. Tropas da ONU fizeram disparos para o alto e trocaram golpes com um grupo de aproximadamente 100 manifestantes reunidos às portas da base da ONU no aeroporto de Porto Príncipe para protestar contra a renovação da “Missão das Nações Unidas para Estabilizar o Haiti” (MINUSTAH, na sigla em inglês). Mesmo que o conselho de segurança da ONU já tenha renovado o comando da MINUSTAH, em 14 de outubro, uma frente de associações populares e da oposição política se lançaram à ruas para pedir o final dos seis anos de ocupação militar que custou 612 milhões de dólares no ano passado e minou a segurança da população em geral, afirmaram os manifestantes. Foi o encerramento de duas semanas de diferentes ações por parte da frente anti-ocupação.
Mesmo avisados com antecedência sobre as manifestações, os soldados da ONU não pareciam preparados para lidar com os manifestantes que bloquearam a entrada da base da ONU, paralisando o tráfego e pintando slogans contrárias às ocupação e à Nações Unidas nos carros oficiais que tentavam entrar na base. Ocorreram muitos protestos similares no mês passado, mas os choques do último dia 15 foram os mais intensos que já aconteceram no último período. Em determinado momento, um agente de segurança das Nações Unidas entrou no meio da multidão provocando, empurrando e dando cotoveladas. Imediatamente teve início uma troca de golpes, seguida por disparos feitos para o alto pelos soldados da ONU que formavam um cordão de isolamento envolta da base. Imprudentemente, e possivelmente por vingança, o condutor de um veículo das Nações Unidas empurrou um grupo de jornalistas, incluindo eu mesmo e o correspondente da Al Jazeera, para uma vala cheia de lixo. Enquanto os chefes de segurança faziam chamadas pedindo gás lacrimogêneo, chegaram reforços totalmente equipados com material para repressão contra manifestações e dispersaram a multidão. Ambos chefes taparam suas identificações das Nações Unidas e se recusaram a chamar os oficiais de imprensa da ONU.
A MINUSTAH desembarcou pela primeira vez no Haiti em junho de 2004 para substituir as forças de ocupação de EUA, França e Canadá que haviam ajudado a derrotar o presidente Jean-Bertrand Aristide e instalar o regime de fato do Primeiro Ministro Gerard Latortue. Os protestos contra a ocupação, ocorrem todos os anos nas semanas anteriores ao término do mandato em meados de outubro, mas o ressentimento é ainda maior este ano pelo comportamento da Minustah após o terremoto de 12 de janeiro. Em vez de ajudar a retirar as pessoas dos escombros, as forças da ONU se centraram em proteger instalações de possíveis “saques”. Mesmo com o reforço da MINUSTAH, que passou a contar com mais de 13.000 soldados e policiais armados depois do terremoto, as violações dentro dos acampamentos se quadruplicaram, e a violência contra os desabrigados internos está crescendo, muitos expulsos à força de seus acampamentos. Enquanto o Haiti entra no frequentemente turbulento período eleitoral, o antigo primeiro ministro do presidente Préval, o candidato Jacques Edouard Alexis, acusou seu antigo chefe de distribuir armas para uma campanha de intimidação.
Em qualquer lugar na cidade que se vá, há evidências de animosidade contra a presença das Nações Unidas. As onipresentes pichações de “Abaixo a ocupação” ou “Abaixo os ladrões da ONU” refletem a opinião da população sobre a presença das tropas das Nações Unidas no Haiti.
Como organizador popular e manifestante, Yves-Pierre Louis explica: “Viola (a ocupação) a constituição haitiana e a Carta das Nações Unidas, a qual especifica que tais forças só são necessárias no país que ameaça a paz e a segurança internacional. O Haiti não está em guerra... não produz armas atômicas, terroristas ou drogas. Onde está a ameaça?” O oficial do mandato da equipe antiprotestos não fez nenhuma declaração oficial sobre os protestos, nem o porta-voz da MINUSTAH, Vicenzo Pugliese.
Uma das razões citadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas para renovar o mandato foi que a continuação da presença da forças da ONU ajudaria a assegurar a “credibilidade e legitimidade” das eleições do dia 28 de novembro. Mas ocorrem protestos crescentes também sobre a injustiça do próprio processo eleitoral. Como advertiram recentemente 45 membros do congresso dos EUA em carta ao presidente Barack Obama, a exclusão do partido da Aristide Lavalas, um dos poucos com um apoio popular generalizado, junto com outros 13, converteram o processo eleitoral em anticonstitucional e antidemocrático.
Também no dia 25 de outubro se iniciou oficialmente a campanha eleitoral, mas muitos haitianos que vivem em acampamentos de refugiados não votarão. Que participação há no processo democrático se duas vezes viram sua vontade coletiva subvertida por golpes de Estado? Com um dos mais altos níveis de frustração e o ceticismo de muitos haitianos sobre a capacidade das eleições do presidente Préval em trazer alguma melhoria para suas vidas, a MINUSTAH pode encontrar um Haití especialmente agitado este ano, principalmente se o ressentimento que está fomentando nas pessoas se converter em manifestações contra os soldados e suas armas importadas para manter os haitianos subjugados.
Traduzido para o espanhol por Agenda Roja
Traduzido para o português por Dario da Silva

17º Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes

DERROTEMOS O IMPERIALISMO!
POR UM MUNDO DE PAZ, SOLIDARIEDADE E TRANSFORMAÇÃO SOCIAL

Os Festivais Mundiais da Juventude e dos Estudantes começaram a realizar-se após a 2ª Guerra Mundial, em 1947, nascidos da necessidade sentida pelo movimento juvenil internacional de se unir em torno de questões que afectam os jovens e os povos de todo o mundo.

Os dezasseis festivais já realizados assumiram-se como os maiores momentos de encontro de jovens que, no plano internacional, se unem para discutir questões relacionadas com a paz, a solidariedade entre os povos e também a educação, o emprego, a democracia, a cultura, o ambiente, entre outros. Estes são momentos de uma larga e aberta discussão, na procura de soluções efectivas para os problemas da actualidade, revestindo-se assim de um carácter activo e reivindicativo.

Em 2010 vai realizar-se o 17º Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes, de 13 a 21 de Dezembro, na África do Sul. A voz da juventude faz-se assim ouvir num momento em que o imperialismo, apesar de se encontrar numa profunda crise estrutural, se estende por todo o mundo, deixando um rasto de guerra, exploração e ataques aos mais fundamentais direitos da humanidade. Por todo o mundo a juventude se insurge contra o rumo que o imperialismo imprime nas sociedades.

A realização do 17º FMJE no continente africano é um sinal de apoio à sua juventude, que luta corajosamente contra as novas vagas do imperialismo, que através da sua intervenção militar, política ou económica, procura forçar todos os países a vergarem-se à sua vontade, desenvolvendo uma ofensiva neo - colonialista contra os povos.
O programa dos Festivais

Os Festivais têm uma sessão de abertura e de encerramento, em espaços de grandes dimensões, para poder acolher as delegações dos diversos países. O programa e conteúdo organizam-se por diversas iniciativas, nomeadamente:
    centros de discussão política (espaços de debates, conferências, seminários sobre temas de interesse para os jovens);
    workshop’s;
    Tribunal Internacional Anti-Imperialista (tribunal onde se condenam os crimes do imperialismo);
    reuniões de grupos sociais (encontro de jovens artistas, cientistas, atletas, sindicalistas, entre outros);
    fóruns de solidariedade (demonstrações de solidariedade com os povos em luta);
    Feira da Amizade (stands de delegações e/ou organizações);
    clubes regionais (espaços onde as delegações podem exibir as tradições do seu país, como a música, dança, entre outros. Geralmente estão divididos por continentes ou regiões de globo);
    actividades culturais e desportivas.
Normalmente, cada dia está dedicado a uma região do globo.

A preparação dos Festivais

Nas últimas edições, a preparação dos Festivais tem-se pautado pela realização de encontros, fóruns e outras iniciativas, procurando o efectivo envolvimento do movimento juvenil internacional. As Reuniões Preparatórias Internacionais (IPM's – International Preparatory Meeting), com os Comités Nacionais Preparatórios, são os momentos onde se decide a estrutura e organização dos Festivais. Normalmente, a primeira destas reuniões realiza-se no local do Festival cessante e a última no país que o acolhe. A Federação Mundial da Juventude Democrática - FMJD (presidida actualmente pela Juventude Comunista Portuguesa) é a estrutura com o principal papel de coordenação da preparação e dinamização dos Festivais.

Festivais realizados:

I. 1947, Praga, Checoslováquia
II. 1949, Budapeste, Hungria
III. 1951, Berlim, República Democrática Alemã
IV. 1953, Bucareste, Roménia
V. 1955, Varsóvia, Polónia
VI. 1957, Moscovo, URSS
VII. 1959, Viena, Áustria
VIII. 1962, Helsínquia, Finlândia
IX. 1968, Sófia, Bulgária
X. 1973, Berlim, República Democrática Alemã
XI. 1978, Havana, Cuba
XII. 1985, Moscovo, URSS
XIII. 1989, Pyongyang, República Popular Democrática da Coreia
XIV. 1997, Havana, Cuba
XV. 2001, Argel, Argélia
XVI. 2005, Caracas, Venezuela

FMJD - XVII Festival Mundial de la Juventud y los Estudiantes 1/2

17º Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes será em dezembro, na África

Vem aí o 17º Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes (FMJE), que será em Johanesburgo, África do Sul, entre 13 e 21 de dezembroO FMJE é uma das principais expressões das lutas antiimperialistas, antifascistas e anticoloniais conduzidas por jovens. A realização do Festival pela primeira vez na África sub-saariana, em um país que vive importantes transformações e joga um relevante papel na geopolítica mundial, deve incrementar o caráter do evento: além de antiimperialista, este Festival pautará com força a luta da juventude pelas transformações sociais e o mundo em transição, além das questões raciais e de migração.

Organizado pela Federação Mundial da Juventude Democrática (FMJD) juntamente com a União Internacional dos Estudantes, o 17º Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes será o espaço para o intercâmbio de ideias e experiências, e constituirá uma plataforma para reunir esforços e intensificar as lutas nos países dos jovens participantes. Com 63 anos de tradição, o festival se consolidou no roteiro de atividades de organizações que lutam pela paz no cenário internacional. Nesta edição o Festival terá como tema: "Por um Mundo de Paz, Solidariedade e Transformações Sociais, derrotemos o imperialismo!".

No evento são discutidos temas de interesse da juventude mundial como educação, emprego, esporte, cultura, saúde, entre outras inúmeras atividades de intercâmbio social, também exposições, concursos artísticos e torneios esportivos.

História
O FMJE é o principal encontro internacional de juventude, cuja primeira edição foi realizada na cidade de Praga, antiga Tchecoslováquia, dois anos após o final da Segunda Guerra Mundial. Na ocasião, teve como eixo central a denúncia dos crimes cometidos pelo nazifacismo. De lá para cá, o Festival percorreu os continentes europeu, asiático, africano e latino americano. O mais recente foi organizado na cidade de Caracas, capital da Venezuela, em agosto de 2005. Esta será a primeira vez que o evento ocorrerá na África subsaariana.

O festival deve reunir mais de 20 mil jovens no mês de dezembro no distrito de Soweto, bairro no subúrbio de Johanesburgo, que ficou mundialmente conhecido como palco de resistência anti-racista na luta contra o Apartheid, como foi o Massacre de Soweto em 1976, quando houve uma repressão policial a uma passeata estudantil com mais de 10 mil participantes. A África do Sul é também foi o foco de atenção de todo o mundo por sediar a Copa do Mundo de Futebol, em junho deste ano.

FMJD

17º Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes será em dezembro, na África

SEMINÁRIO DE SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL
BELO HORIZONTE - 26 DE NOVEMBRO DE 2010
AUDITÓRIO DO INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
REALIZAÇÃO:
 UNIÃO DA JUVENTUDE COMUNISTA  
APOIO:
DIRETÓRIO ACADÊMICO DA FACULDADE DE EDUCAÇÃO – UEMG.
DIRETÓRIO ACADÊMICO DO INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS – UFMG.
INSTITUTO CAIO PRADO JUNIOR.
CASA DA AMÉRICA LATINA.
FUNDAÇÃO DINARCO REIS.
FEDERAÇÃO MUNDIAL DAS JUVENTUDES DEMOCRÁTICAS.

PROGRAMAÇÃO -
09 HORAS – APRESENTAÇÃO.
09 HORAS E TRINTA MINUTOS –
MESA 1 – Por um Mundo de Paz, Solidariedade e Transformações Sociais, derrotemos o imperialismo!
Comitê Mineiro do Fórum Social Mundial.
Associação Cultural José Marti de Minas Gerais.
Casa da América Latina.
Comitê de Solidariedade a Palestina
13 HORAS E 30 MINUTOS –
MESA 2 – O PAPEL DA JUVENTUDE NA LUTA ANTIIMPERIALISTA
BRIGADAS POPULARES.
UNIÃO DA JUVENTUDE COMUNISTA.
JUVENTUDE DA VIA CAMPESINA
JUVENTUDE COMUNISTA AVANÇANDO
JUVENTUDE DO MPLA – NÚCLEO BH.
UJC – NÚCLEO HAVANA
MARCHA MUNDIAL DAS MULHERES.

16 HORAS E TRINTA MINUTOS –
PAINEL SOBRE O XVII FESTIVAL MUNDIAL DA JUVENTUDE E DOS ESTUDANTES – ÁFRICA DO SUL

Inscrições:
DA ICEX – UFMG – (Alex Roberto) –
DA FAE – UEMG (Daniel) –
UJC – BH – (Jéssica) –
Taxa de Inscrição:
R$10,00