segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

DECLARAÇÃO FINAL DO XVII FESTIVAL MUNDIAL DA JUVENTUDE E DOS ESTUDANTES






Nós, os delegados do XVII Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes, provenientes de 126 países e alcançando a cifra de mais de 15.000 delegados, nos reunimos sob a bandeira "Por um mundo de paz, solidariedade e transformações sociais, derrotemos o Imperialismo" na majestosa, dinâmica e vibrante África do Sul; pela qual lutamos unidos deurante décadas em todas as esferas da vida para derrotar a tirania do regime do Apartheid desenvolvido para aumentar o dominio do imperialismo sobre este povo. Lutamos com o povo da África do Sul e hoje nos encontramos aqui para continuar nossa luta contra todas as injustiças e discriminações.

Nos reunimos na África do Sul na véspera do Centenário do Movimento de Libertação do Congresso Nacional Africano (CNA), que se celebrará em 2012. Isto foi feito com a intenção de realizar um balanço com os companheiros para conhecer quanto puderam avançar na construção de um sociedade sem racismo, sem machismo, democrática e próspera, lutando com cada fibra das suas forças para derrotar o imperialismo em todas as suas formas. Viemos para celebrar o Festial na África do Sul, conscientes do magnifico papel desempenhado pelo seu movimento para levar democracia para este país, e conscientes de a Liga Juvenil do CNA esteve entre os membros fundadores do movimento dos Festivais e foi o primeiro presidente africano da Federação Juvenil das Juventudes Democráticas (FMJD). Nos encontramos aqui para render uma homenagem a conribução de Andile Yawa e de todos os veteranos dos festivais anteriores por terem nos proporcionado as ferramentas para desenvolver a solidariedade, a irmandade e a troca através do movimento dos festivais. Dedicamos este festival a luta e ao legado de dois heróis que fizeram possivel que possamos falar sobre Solidariedade e Paz Mundial: o Comandante em Chefe Fidel Castro e Madiba Nelson Mandela. Os agradecemos por seus incansáveis espiritos.

Iniciado em Praga, há 63 anos, o movimento dos Festivais, destacamos o importante papel desempenhado pelo campo socialista em apoio a este importante evento da juventude antiimperialista. A própria sede do Festival é uma declaração de solidariedade com a luta de seu povo. O Festival é uma expressão da luta contra o imperialismo e a exploração do homem pelo homem. Devemos ressaltar a importância da contribuição de Cuba Socialista, não só porque foi sede dos Festivais em duas ociasiões, mas também proque ao realizá-lo em 1997, ajudou o movimento dos Festivais a retomar seu curso a pesar das dificuldades que existiam na década de 1990 no movimento da classe trabalhadora e o movimento juvenil antiimperialista internacional. Felicitamos a FMJD pelos seu 65º aniversário pela sua contribuição a luta pela paz, pela justiça e pelo movimento dos Festivais, neste ano em que celebramos os 65 anos da vitória dos povos sobre o nazifascismo.



A medida que o movimento antiimperialista da juventude e dos povos desenvolve sua luta, o imperialismo também buscou a forma de consolidar suas forças e fortalecer suas estruturas. Fazendo uso de todos os mecanismos ao seu alcance, como a OTAN, a UE, a AFRICOM, o FMI, o BM, a OMC e todas as formas de intervenção possíveis, como bloqueios, sanções, embargos, conflitos, intervenções militares, guerras e ocupações contra os estados soberanos e movimentos progressistas.O novo conceito estratégico "OTAN 2020", que foi decidido em Lisboa no inicio deste ano, incorpora todas as mudanças realizadas em sua estrutura em anos anteriores (12 novos estados membros, uso do conceito de "Associação para a Paz" em seus planos), muda a relação da OTAN com relação a forças que antes estavam em confrontação com os imperialistas no passado como por exemplo a Rússia, com sua assinatura de acordo com eles; fortalecimento da cooperação com a União Européia, o que demonstra que a UE é um organismo imperialista para a criação e treinamento de corpos militares, que atuam contra o "extremismo" dentro e fora das fronteiras dos países membro, dirigindo-se em primeiro lugar contra todos os que lutam a favor dos direitos dos povos e dos jovens, contra o imperialismo. Sob estas circunstâncias, se intensifica o ataque contra as forças antiimperialistas, tendo sua expressão máxima nas medidas anticomunistas.

A crise do sistema capitalista é inerente ao fortalecimento de suas contradições internas, revelando sua incapacidade histórica para alcançar o progresso da humanidade. Esta crise oferece novas bases para forças imperialistas  que estão surgindo, que no passao enfrentavam ou eram aliadas dos EUA e da União Européia, utilizando os diferentes momentos nas manifestações de crise para aumentar sua influência na pirâmide imperialista, e tratar de apropriar-se de uma maior parte na luta capitalista pelos mercados e pela exploração. Não é resultado dos modelos de administração da economia ou da corrupção do sistema, mas se expressa agora em todo o mundo capitalista, nos países com governos neoliberais e social-democratas. Nos encontramos em uma fase de aprofundamento da crise, onde a recuperação nos próximos anos será mímina: todos os dias os direitos da juventude continuarão sendo atacados nos niveis social, econômico e cultural. Isto demonstra os limites históricos e o fracasso do sistema capitalista para responder as necessidades e aspriações dos povos, e destaca a necessidade de criar uma sociedade e um modelo de desenvolvimento que se esforce por atender as necessidades e direitos dos jovens e dos povos em geral.

Os direitos humanos e as liberdades das novas gerações de jovens são violadas categoricamente em todos os cantos do planeta. A "globalização capitalista", o sistema de exploração e o controle das pessoas e dos recursos, está empurrando massas de jovens as margens da sociedade. Eles são as primeiras vitimas das desigualdades sociais em todos os niveis. Os 212 milhões de desempregados, em um mundo onde uma ocupação precária e temporária é a regra, são provas disto. Somente entre 2007 e 2009 aumentou em 34 milhões . Devido a crise econômica perderam-se mais empregos, condenando a mais pessoas a miséria e a pobreza. Lutamos contra a eliminação dos direitos trabalhistas da maioria, especialmente dos direitos dos jovens trabalhadores que sofrem mas os efeitos do desemprego. Uma geração de jovens se vê transformada em uma geração sem direitos.

Destacamos o papel das jovens mulheres na luta pela sua emancipação como parte da luta geral contra o imperialismo. As mulheres, que são atacadas com mais força pelas políticas imperialistas, merecem nosso agradecimento e total apoio para colocar um fim a todos os abusos e discriminações existentes em nosso mundo como parte de nossa luta para derrotar o imperialismo.

As "dívidas externas e os déficits" que se converteram em uma realidade para muitos países são o resultado de políticas seguidas pelas forças capitalistas em todos os países, independentemente de sua posição na correlação de forças. Isto reflete o desenvolvimento desigual e a divisão do trabalho no sistema capitalista e são utilizados de tal forma que a classe dominante, tanto em países credores como nos endividados, se tornde mais forte enquanto o povo carrega nas suas costas o peso da crise. No sistema imperialista internacional não há lugar para relações de igualdade e respeito mútuo entre os estados e os povos. Esta é outra prova da necessidade de uma transformação social e revolucionária para este sistema que mantém a desigualdade e a miséria.



A exploração imperialista dos recursos naturais do planeta com a finalidade lucrativa e de forma desenfreada segue a lógica da destruição e é a principal ameaça ao meio-ambiente e ao futuro do planeta. O tema ambiental está alcançando uma dimensão alarmante devido a produção de organismos geneticamente modificados, que colocam em perigo o futuro da humanidade. A água do planeta está sendo cada vez mais um objetivo da natureza exploradora do capitalismo e vem sendo utilizada como uma arma política e estratégica do imperialismo. A estratégia imperialista é responsabilizar as pessoas pelos problemas do meio ambiente, individualizando as soluções que se apresentam com o objetivo de aumentar ainda mais os lucros das grandes companhias por meio dos chamados "produtos verdes".

A política armamentista do imperialismo produz crises como: refugiados, milhões de pessoas que são obrigadas a abandonar seus lares, terras, empregos e familia. Condenamos energicamente as políticas econômicas, as intervenções e as ocupações imperialistas que tem causado milhões de imigrantes e apoiamos a luta em defesa dos direitos trabalhistas, educacionais e de serviços sociais dos imigrantes. Nenhum ser humano pode estar ilegal.

As políticas imperialistas atacam o pleno desenvolvimento da educação e dos jovens, privando-os do acesso a uma educação gratuita e de qualidade, de uma escola de liberdade e compromisso com a paz. Defendemos e lutamos pela educação como um bem público e social, um direito humano universal cuja gratuidade tem que ser garantida pelo estado. Rechaçamos as tentativas de privatização as quais são submetidas muitas instituições públicas de diferentes niveis. Exigimos a retirada da educação dos acordos da OMC - a educação não é mercadoria!
O incremento do uso de drogas pelos jovens é um fenômeno perigoso que prva a decadência do sistema capitalista. Milhões de jovens vivem com AIDS, principalemente na África e na Ásia. As grandes companhias farmacêuticas monopolizam a produção e a distribuição dos medicamentos necessários e se beneficiam das pandemias ao invés de prover os meios para o tratamento. cometem-se abusos com as crianças que são obrigadas a participar de operações militares, de prostituir-se e traficar drogas; o número de crianças que vivem nas ruas está aumentando.

A pesar desses crimes, as forças progressistas e amantes da paz tem resistido, conquistando vitórias importantes e cada vez mais significativas. A luta pela paz tem sido muito importante ao longo do anos e com estas ações recentes, tentamos elevar a consciência das massas de jovens e ressaltar a luta contra o inimigo da paz, o imperialismo. A luta em nível naional joga um papel central na luta contra medidas especificas que afetam a juventude. Destacamos a importância das conquistas alcançadas pelas lutas dos estudantes, trabalhadores, camponeses, indigenas e dos movimentos de mulheres nos dias de hoje. Destacamos a importância de várias vitórias eleitorais e outros resultados poitivos dos partidos e coalizões progressistas.

África, muitos anos depois de ter alcançado sua independência política, ainda continua sendo um espaço de jogos de poder político e econômico para os EUA e seus aliados. O HIV/AIDS segue sendo um problema que ameaça a vida e que ameaça acabar com os africanos, assim como a Malária e outras doenças fabricadas pelo imperialismo. A cada três segundos morre uma criança de AIDS e em condições de extrema pobreza. Condenamos as injustas sanções contra a Eritréia e chamamos a resolução bilateral do conflito na Etiópia sem nenhuma intervenção externa. O incremento da presença dos Estados Unidos na África através da AFRICOM, usada como seu projeto militar expansionista na África, tem permitido aos EUA submeter os países africanos a sérias ameaças militares. Denunciamos o estabelecimento de bases militares em nome da AFRICOM e exigimos a Botswana que as retire imediatamente já que constituem uma ameaça a segurança dos paises da Comunidade para o Desenvolvimento da África Meridional (CDAM) e apoiamos a luta desta povo para conquistar a democracia. Condenamos a fundação deliberada de sociedade civis e partidos de oposição na África pelo ocidente que ocasiona mudanças no regime sob o disfarce de ações de desenvolvimento. Condenamos também o Tribunal Penal Internacional (TPI) pelo aparente ataque violento a lideres africanos, assim como por todas suas campanhas midiaticas promovidas pelo imperialismo para desestabilizar a região. Nos solidarizamos com a juventude e o povo de Suazilândia e exigimos a liberação de todos os prisioneiros políticos. Condenamos energicamente a continua ocupação militar do Saara Ocidental pelo reino de Marrocos e exigimos o respeito ao direito do povo saharaui a auto-determinação e a independência. O governo marroquino deve colocar imediatamente um fim ao bloqueio dos territórios ocupados do Saara Ocidental e permitir a entrada no território dos observadores internacionais e dos meios de comunicação independentes. Denunciamos e condenamos todas as formas de violações dos direitos humanos, inclusive as perseguições, prisões arbitrárias, desaparecimentos e julgamentos irregulares, etc., cometidos pelas autoridades marroquinas contra os civis saharauis; e exigimos a libertação de todos os presos políticos e que se destrua o muro que divide o território. Fazemos um chamado para que se levantem imediatamente as sanções econômicas no Zimbabue que continuam causando dor e sofrimento a este povo e que são também um catalizador da mudança da agenda do regime no Zimbábue. Nos solidarizamos com o movimento revolucionário na África e afirmamos que nos mantenhamos firme contra as tendências imperialistas. Damos as boas-vindas a segunda fase de luta do povo africano, a luta pela independência eonômica atarvés da nacionalização ou qualquer outra forma de apoderamento dos povos. Felicitamos o povo angolano pelo processo de reconstrução que está sendo implementado no país. Nos solidarizamos com os países da África Ocidental imersos em crises, golpes de estado e instabilidade política causados pela infiltração imperialista, e fazemos um chamado a uma solução urgente e a manutenção da estabilidade política. Chamamos para que se detenham as violações dos direitos humanos no Sudão, particularmente em Darfur, e fazemos um chamado a paz neste país, a favor da liberdade das organizações dos trabalhadores. A pesar disso, condenamos qualquer tipo de intervenção imperialista no Sudão. A crise em Costa do Marfim, Niger e Guiné, como os problemas na Nigéria são emblemáticos na avaliação do atual panorama político na África Ocidental. Condenamos também a participação dos aliados imperialistas nos assassinatos de chefes de estado como em Burkina FAso, entre outros. Além disso, as pressões da Europa e dos EUA vem obrigando a assinatura de contratos que saqueiam os recursos minerais (como acontece tembém no Saara Ocidental pela UE) o que tem arruinado e empobrecido a maioria dos países. Desta maneira se tem negado a estas nações a capacidade de investimento local, provocando uma juventude emigrante em busca de melhores condições de vida, o que tem resultado na perda de milhares de vida humanas devido a emigração.

A região da Ásia-Pacífico tem se mantido como uma das áreas mais explosivas do mundo, um trampolim de provocação militar e conflitos armados, assim como de acumulação de armas e interferência que ameaçam seriamente a paz e a segurança na Ásia e no mundo em geral. O desenvolvimento atual da região demonstram que os EUA e a OTAN tem mais estratégias imperialistas para a região Ásia-Pacífico. Isto tem como objetivo estabelecer novos grupos políticos militares com a finalidade de extender as esferas das atividades militares que cubram toda a área da Ásia e do Pacifico. A crescente presença militar do EUA no Oceano Indíco no Pácífico, a aliança estratégica dos EUA com Israel, e a crescente cooperação militar com regimes reacionários no Golfo representam uma séria ameaça para a paz, a estabilidade e a segurança na região. No sul da Ásia, a intervençãos imperialista tem se aprofundado, em particular devido a intervenção dos EUA no Afeganistão e no Paquistão. A estratégia dos chamados Af-Paq dos EUA para defender seus interesses totalmente egoístas somente tem dado lugar a graves situações de inestabilidade política na região, por não mencionar os brutais assasinatos e a perda de vidas e bens que efrentam os povos do sul da Ásia devido a flagrante agressão do imperialismo estadonidense. Expressamos nosso apoio ao povo e a juventude do Irã em sua luta contra o regime repressivo, anticomunista e não democrático, que deve ser resolvido pelo seu povo sem nenhuma intervenção imperialista, algo que para nós é inaceitável. Denunciamos a enorme presença militar dos EUA na peninsula da Coréia e exigimos que o acordo de armísticio de 1953 seja subsitituido por um acordo de paz global. Fazemos um chamado aos jovens do mundo para unirem-se na campanha de solidariedade interncional em apoio aos jovens coreanos em sua justa causa pela reunificação nacional sob a bandeira da Declaração Conjunta Norte-Sul de 15 de junho, e para a construção de um próspero e poderoso país socialista. Condenamos o envio de tropas estadonideneses nas Filipinas e seu papel no combate contra as forças nacionais. Mantemos nossa solidariedade com a luta dos jovens de Bangladesh. Expressamos nossa solidariedade com o povo e os jovens do Nepal em sua luta por uma novo república democrática federal. Exigimos o regresso, com respeito e dignidade, de todos os refugiados do Butão ao seu país. Apoiamos a luta do povo birmanês para a restauração da democracia e pela liberação de todos os presos políticos e acolhemos com alegria a libertação de Aung San Suu Kyi. Expressamos nosso apoio a luta dos movimentos progressitas do Sri Lanka pela unidade nacional. Saudamos o povo e juventude vietnamitas em sua luta pela independência nacional, pelo socialismo e pela celebração do 65º aniversário do nascimento da República Democrática do Vietnã (agora República Socialista do Vietnã), também expressamos nossa solidariedade com as vitimas vietnamitas, em sua luta por justiça, pelo uso dos EUA do agente laranja e da dioxina.

Na América Latina e no Caribe as forças progressistas tem dado importantes passos na luta contra os interesses do imperialismo e suas políticas de livre comércio. Esses avanços se expressam nos mecanismos de integração na região, como a ALBA-TCP, UNASUR e MERCOSUL e a futura criação da Comunidade dos Estados da América Latina e Caribe. Nosso objetivo é uma distribuição igualitária dos recursos do continente com medidas fisciais sobre os grandes monopólios que nos permitam nos recuperar de mais de 500 anos de exploração e sub-desenvolvimento. Denunciamos as políticas intervencionistas do imperialismo estadunidense, em especial a instalação de bases e missões militares na região, como ocorre no Panamá, Colômbia e Haiti e a reativação da Quarta Frota, cujo objetivo é reforçar a ofensiva contra a Revolução Cidadã do equador, a Revolução Plurinacional da Bolívia, a Revolução Sandinista da Nicarágua e, em particular, a Revolução Bolivariana na Venezuela. já que elas representam uma alternativa histórica e revolucionária contra o sistema capitalista. Denunciamos também outros mecanismos de ingerência como o terrorismo e o tráfico de drogas que tem um impacto direto em povos como é o caso do México. Expressamos nossa solidariedade com o povo colombiano que está sendo vitima constante de assassinatos políticos impostos pelo imperialismo, expressamos também nosso rechaço ao uso do canal do Panamá para o intervencionismo geoestratégico, com a passagem de armamento bélico e nuclear. Apoiamos o povo de Porto Rico em sua luta pela plena auto-determinação e expressamos nossa solidariedade com a precária situação do Haiti, vitima do colonialismo. Condenamos energicamente os golpes de estado ocorridos em Honduras e no Equador, dirigidos para desestabilizar os processos progressitas da região e reconhcemos o papel desempenhado pelos membros da FMJD em ambos países resistindo e lutando. Exigimos justiça pelo assassinato do companheiro Edwin Pérez, Secretário Geral da Juventude Comunista do Equador, e condenamos a injusta perseguição a qual está sendo submetido o povo Mapuche no Chile. Expressamos nossa solidariedade a luta dos jovens do Caribe. Expressamos nossa solidariedade com a luta dos povos indigenas pela sua plena autoderminação. Conhecemos que os jovens do Canadá e dos Estados Unidos mantêm uma amizade om os povos do mundo e não apoiam a guerra e o imperialismo que seus governos promovem. Condenamos o injusto bloqueio econômic, financeiro e comercial imposto contra o povo cubano há mais de 50 anos em clara violação do direito internaiconal. Exigimos a libertação imediata dos 5 Cubanos presos injustamente nas prisões estadunidenses por mais de doze anos.

Os últimos anos vem ratificando a União Européia como uma ferramenta imperialista que apoia e promove medidas para a exploração dos povos e da juventude, intervindo dentro e fora dos estados membro, muitas vezes sob a defesa dos "direitos humanos" que eles mesmo não respeitam. As recentes "medidas de austeridade" que os governos nacionais acordaram em implementar, de acordo com a UE, sob o pretexto da crise capitalista, demandam sacrificios da parte dos trabalhadores, enquanto os monopólios (bancos e grandes corporações) estão recebendo bilhões para assegurar seus lucros, assim como as medidas impostas pelos governos são prova de nossa análise. Não obstante, a resistência dos povos tem se expressado de forma importante na Grã-Bretanha, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha, onde os jovens trabalhadores tem desempenhado um importante papel.  Na educação, tem ocorrido uma tendência geral de colocar barreiras de classe e privatizações por toda a Europa, cuja expressão mais notável tem sido o chamado "Processo de Bolonha" e sua implementação em cada país. Também ganham lugar importante as lutas na educação superior e secundária na maioria dos países, para resistir a ofensiva geral contra o direito a educação. Junto com o ataque no plano social, o ataque contra os direitos democráticos em geral, e o anticmomunismo em particular, tem aumentado rapidamente com uma perseguição cada vez maior dos partidos comunistas e as organizações juvenis em muitos países europeus, com particular expressão na Europa Oriental com os casos ocorridos na República Checa, Hungria, Polônia, Letônia, Lituânia e Estônia, onde os partidos comunistas foram proibidos (ou tentaram proibi-los) devido ao incremento e promoção da influência de forças neo-fascistas. Como antecedente a crise, as medidas xenofobas guiadas pela doutrina de "fortaleza européia", da UE vem promovendo a perseguição de imigrantes como justificativa aos problemas sociais que surgem das políticas dos governos nacionais orientados unicamente a obtenção de lucros, em um processo de com enormes implicações em países como França, Alemanha e Itália. Estamos contra a mudança de fronteiras nos Balcãs, com a chamada "independência" de Kosovo, que se converteu em uma grande base militar da OTAN e dos EUA. Expressmos também nossa solidariedade com o povo e a juventude do Chipre, a grega e turco-chipriota contra a ocupação turca. Destacamos os grandes esforços realizados desde a eleição de Dimitris Christophias como presidente da República, e nosso compormisso com uma federação bicomunal, bizonal, com uma só cidadania uma só identidade internacional e uma soberania como solução justa para por um fim a ocupação.

Expressamos nossa solidariedade com os estudantes da Palestina, Iraque e dos países Árabes e apoiamos a persistência da Palestina na resistência contra a opressão e o bloqueio. Denunciamos as práticas racistas e inumanas de Israel sionista, com suas políticas de assassinato, expulsão e assentamentos na Palestina, particularmente em Jerusálem, e em outros territórios árabes ocupados. Exigimos também o fim da ocupação israelense, a eliminação dos assentamentos e do muro do apartheid e apoiamos o estabelecimento de um estado palestino independente com Jerusálem Oriental como sua capital em conformidade com as resoluções da ONU, solicitando as Nações Unidas e as nações do mundo que reconheçam imediatamente o Estado Palestino. Denunciamos a guerra e o bloqueio contra Gaza e exigimos o fim dos mesmos, assim como os criminosos de guerra sionistas sejam punidos. Solicitamos também que se coloque em vigor a resolução das Nações Unidas que iguala o sionismo ao racismo. Fazemos um chamado pela liberação imediata de todos os prisioneiros palestinos e árabes detidos em prisões israelenses e estadunidenses. Denunciamos a ocupação do Iraque e apoiamos o direito do povo iraquiano a resistência e exigimos a retirada imediata de todas as forças de ocupação. Apoiamos a soberania, segurança, estabilidade e unidade do Iraque. Denunciamos o terrorismo em todas as suas formas, assim como as operações militares secretas do EUA na região. Expressamos nossa solidariedade com a Siria, contra a ocupação do espaço áereo sirio e denunciamos a "Lei de responsabilidade da Siria" aprovada pelo Congresso dos EUA. Apoiamos as lutas da juventude libanesa por completar a liberação de Sheba e Kfarshoba da ocupação israelense e denunciamos a guerra de Israel que em 2006 resultou em 1300 vitimas. Denunciamos as ingerências estrangeiras nos assuntos internos do Libano. Apoiamos o diálogo nacional de Yemen e destacamos a integridade e unidade do Yemen. Exigimos a retirada da Espanha de Celta e Mellilla. Apoiamos a juventude do Egito e dos estados do Golfo na sua luta para colocar em prática os direitos democráticos, os principios de justiça e igualdade e expressamos nossa solidariedade contra as leis repressivas  e a favor dos direitos trabalhistas. Solicitamos que se resolvam as causas da imigração da África para a Europa através dos países do norte da África. Apoiamos as lutas da juventude Árabe pela integração econômica e exigimos que se destrua o arsenal nuclear israelense.


O XVII Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes celebrou-se durante o Ano Internacional da Juventude das Nações Unidas. Como ocorreu em 1985, mais uma vez o FMJE é, até o momento, o maior evento juvenil deste ano. E mais importante ainda, o FMJE é a atividade mais importante, porque aborda com mais clareza os problemas reais da juventude. A diferença de muitas outra atividades e o marco atual do Ano da Juventude das Nações Unidas, neste Festival, a juventude do mundo encontra o maior cenário para denunciar os problemas e as ofensas que sofrem por causa do imperialismo e de seus agentes.

Nós, a juvenude e os estudantes do mundo, nos reunimos neste histórico Fesival, alçamos nossas vozes contra todos os males gerados pelo imperialismo que atravessa sua maior crise global. A ordem mundial imperialista está levando a humanidade a beira de um confronto mundial, com o perigo sempre presente de uma guerra nuclear, mediante sua política hegêmonica que determinará o presente e o futuro da humanidade.

O momento de continuar a luta pelo desenvolvimento juvenil e pelos nosso valores econômicos, socias e culturais, e não aqueles de um sistema decadente que tratam de nos impor. Construiremos um futuro de justiça, igualdade, paz, esperança e alegria para a humanidade. O futuro de uma nova etapa da história esta em nossas mãos e depende dos povos, as massas trabalhadoras, a juventude mundial e seu poder de transformação para construir um mundo de paz e solidariedade, onde o poder e a riqueza produzida seja prioridade dos povos e da juventude do mundo.

Agradecemos ao povo da África do Sul por nos receber em seu país e comprtilhar conosco a oportunidade de ver uma África do Sul que muda. Nós, a juventude do mundo, nos comprometemos em nunca baixar a guarda na busca d eum mundo livre o imperialismo. Já começamos a nos preparar para a XVIII edição do Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes.

África do Sul, dezembro de 2010.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

A solidariedade com os presos políticos palestinos

Há mais de 7 mil presos palestinos em cárceres israelenses, em condições precárias, entre eles 300 menores, 36 mulheres, 200 em prisão administrativa; 1500 presos sofrem por um tipo de doença; 10 deputados seqüestrados e presos, 115 presos  já estão com mais de 20 anos nos cárceres israelenses e 26 com mais de 25 anos.

Contra o Secretario Geral de Frente Popular para Libertação da Palestina - FPLP, que foi seqüestrado, preso e condenado a 30 anos, foram tomadas várias medidas de castigo dos agentes carcerários do estado de Israel. Entre estas medidas praticadas e tomadas, a política de isolamento nos cárceres, de transferências sem receber visitas de seus familiares mais de 660 dias. Este castigo esta sendo praticado contra vários líderes palestinos que se encontram em cárceres israelenses de várias facções palestinas – Fatah – Hamas e outros.

Centenas de presos estão sendo ameaçados de morte por falta de assistência médica e pelas condições precárias que se encontram nas celas, pelas medidas israelenses tomadas que violam os direitos dos presos e violam os convênios internacionais sobre territórios ocupados.

O estado de Israel é o único no mundo que legalizou a tortura contra os presos, e que impede a visita dos advogados, durante os primeiros seis meses, aos presos políticos, alem de centenas de ordens militares tomadas contra os presos que violam os seus direitos.

A libertação dos presos palestinos dos cárceres israelenses é parte de um processo de luta pela libertação da Palestina e pela conquista dos direitos inalienáveis do povo palestino.

O obvio silêncio mundial referente a esta questão colabora para o aumento de violência e a violação dos direitos humanos nos territórios palestinos ocupados em geral, que pode levar para mais prisões contra os palestinos em todas as faixas de idade  e sexo. Esta atitude pode levar a região para mais desestabilidade. 

A necessidade de mobilizar a opinião mundial pela libertação dos presos palestinos é um desafio para todas as entidades governamentais e não governamentais e aqui no Brasil também a questão dos presos políticos é um desafio para todas as entidades que defendem os direitos humanos, um desafio para a comunidade palestina e suas entidades, para mobilizar um movimento de solidariedade pela libertação dos presos.

São muito importantes as manifestações de apoio aos presos políticos palestinos por parte dos comitês de solidariedade, entidades, movimentos sociais e sindicais, partidos políticos, entidades de direitos humanos e todas as pessoas conscientes dentro da sociedade brasileira. A libertação deles é parte da luta do povo palestino pela conquista de seus direitos inalienáveis em sua terra natal.

Pela libertação imediata dos presos políticos palestinos dos cárceres israelenses.

Jadallah Safa
06/01/2011